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Bancários ameaçam greve com demora da apresentação de proposta da Fenaban



Data: 07/08/2018

As negociações com os bancos poderiam ter sido encerradas no último dia 1° de agosto, data em que tinham acertado apresentar as propostas econômicas (índice, PLR, tickets etc), mas novamente adiaram para apresentar uma proposta neste terça-feira (7). Já faz dois meses que a pauta foi entregue e, se manter o impasse, a categoria pode entrar em greve.

As negociações sobre saúde e condições de trabalho não avançaram nada e é muito provável que também não se avance nas questões econômicas. O cenário que os trabalhadores bancários enfrentam é ruim e de ataques. Com a Reforma Trabalhista e a lei de terceirização, os bancos privados preparam para implantar tecnologias digitais que causarão demissões em massa e um dos principais atingidos serão os trabalhadores que adoecem, pois ao retornar da licença médica são demitidos sumariamente.

Para os bancos públicos o cenário também é “Temeroso”, pois o governo pretende dar continuidade ao projeto de privatizações e quer sucatear e encolher os bancos públicos para facilitar suas vendas. Para isso, é preciso destruir os direitos da categoria, conquistados com muitas lutas.

Realidade financeira dos bancos

Os bancos tiveram um aumento no lucro no ano de 2017 de 30% em comparação com 2016. Em 2018, o primeiro trimestre já teve um lucro 20% maior que o primeiro trimestre do ano passado. O fato é que independente da crise no país, este é o setor da economia que mais lucra.

Mas quanto mais os bancos ganham, mais a população perde. Grande parte dos lucros dos bancos vem da especulação da Dívida Pública, mas também da espoliação da população, com taxas de juros estratosféricas e tarifas abusivas para qualquer serviço.

Nesse momento em que os trabalhadores, que fizeram esse lucro acontecer, reivindicam uma melhora em seus salários e condições de trabalho, a postura dos bancos é de negar.

O Movimento Nacional de Oposição Bancária (
Mnob), filiado à CSP-Conlutas, defende que é preciso estatizar o sistema financeiro e não pagar mais a Dívida Pública, que hoje já chega a 70% do PIB do país. Os banqueiros querem o oposto, defendem a privatização dos poucos bancos públicos que ainda existem e querem a manutenção de políticas econômicas que os favoreçam, em detrimento de toda a sociedade.

Não vem proposta decente, então é greve! A categoria não precisa esperar mais nada das negociações. É preciso rufar os tambores chamando a greve. Os Correios já estão entrando em greve, e haverá mais categorias em mobilização, como petroleiros e metalúrgicos. Os bancários são uma referencia nacional e temos que sair à frente dessas lutas. "Fora Temer", "Prisão para todos os corruptos e corruptores!", "Acordo Coletivo já e Nenhum Direito a Menos!", "Os bancos lucraram, agora é a vez dos bancários! Melhores salários e condições de trabalho!"

Caixa Econômica Federal

Na Caixa Econômica Federal, segue a intenção de retirar do Acordo Coletivo todas as cláusulas sobre o Plano Solidário de Assistência à Saúde, deixando apenas regulamentado nos normativos da empresa. Acontece que o banco já anunciou a intenção de mudar a estrutura do Saúde Caixa, tornando-o mais caro e restringindo acessos, em acordo a Resolução 23 da CGPAR.

Sobre a Funcef, há uma dívida da Caixa com o Fundo de Pensão, pois a Caixa pagava o CTVA (uma gratificação de função),mas não recolhia o valor para a Funcef.

 Depois de aposentar, muitos empregados recorrem às ações judiciais para receber a complementação desses valos pagos na ativa. A Funcef está perdendo as ações e tendo que pagar essa verba, sem ter recebido o devido depósito, o que está gerando um déficit no Fundo, que está sendo pago pelos empregados, sob forma de contribuição extraordinária.

Ao ser cobrada para pagar essa dívida, a Caixa respondeu que só pagará ser for acionada na Justiça. Belo exemplo pra quem vive falando de ética.

Na PLR também eles querem arrochar. A PLR Social (específica da Caixa), que prevê a distribuição de 4% do lucro de forma linear para todos os empregados, a Caixa não quer mais pagar. Já na PLR normal, a Caixa que impor um teto de 6,5% do lucro, sendo que geralmente a PLR chega a 13 ou 14% dos lucros, ou seja, vai diminuir pela metade o valor pago.

Sobre o fato de estar saindo muita gente nos PDVs, o que está causando um déficit de empregados, os trabalhadores cobram a contratação dos remanescentes do último concurso e a realização de um novo concurso. Contudo, a Caixa respondeu que não pretende nem chamar os remanescentes, nem realizar novos concursos. Ao que tudo indica a política da empresa é precarizar o atendimento à população e contratar bancários temporários (terceirizados).

Banco do Brasil

Um dos maiores problemas no BB é a questão da CASSI, Plano Solidário de Assistência à Saúde dos funcionários. O Plano se encontra com um grande déficit. Usam esse momento de dificuldade como desculpa pra sucatear nossa Caixa de Assistência, esquecendo que ela só está com déficit porque os salários pagos pelo BB só diminuem.

Agora, com a ajuda dos eleitos na última eleição da Cassi (Mais União), fazem terrorismo para os trabalhadores aceitarem pagar a conta, com aumento drástico das contribuições, cobrança por dependente e aumento da coparticipação.

Outro tema muito preocupante são os “descomissionamentos”. Muitos funcionários têm perdido a comissão com base no argumento de “desempenho insuficiente”. Em muitos lugares, o clima é de terror, e os funcionários não sabem se terão comissão mês que vem.

Temos uma conquista muito importante de greves anteriores, que é uma cláusula que diz que o banco só pode descomissionar depois de três GDPs negativas. Mas o BB não acha suficiente, e quer reduzir pra uma GDP apenas, para poderem  descomissionar quando quiserem.

Fonte: Movimento Nacional de Oposição Bancária e CSP-Conlutas


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