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Dois Movimentos na UFAM? As mentiras por tempo indeterminado de um pseudo-movimento



No dia 09 de junho de 2015, em Assembleia Geral dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas, foi Deflagrada Greve na UFAM. Uma assembleia geral conturbada e tensa, tendo em vista a intenção golpista de docentes que a todo custo queriam impor à categoria seus desejos pessoais. É pertinente relembrar que por deliberação em Assembleia Geral foi concedido aos professores não sindicalizados o direito de votar sobre a deflagração da greve. Mesmo sendo concedido este direito, e com a mobilização maciça dos opositores, a deflagração da greve foi aprovada por maioria significativa. Cumprindo-se os prazos legais estabelecidos em lei, a greve foi instalada na UFAM no dia 15 de junho 2015.

No dia 10 de junho de 2015, o Presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, protocolizou na Reitoria da Universidade Federal do Amazonas o Ofício 027/2015 informando a Deflagração da Greve e, através do Ofício 028/2015, solicitou a Convocação Extraordinária do Conselho Universitário.

Passados oitos dias e sem resposta ao pleito da ADUA, o Comando Local Unificado de Greve – CLUG solicitou audiência com a reitora, agendada para o dia 22 de junho de 2015. Nesta foi cobrada urgência na convocação do Conselho Universitário, pois não deveria o Conselho se furtar da responsabilidade de discutir o que acontecia na Universidade. Vale destacar que nesta audiência os representantes do CLUG foram informados pela Reitora Márcia Perales Mendes Silva da existência de “documento” – abaixo assinado – de docentes que não acatavam a decisão soberana de AG de sua categoria.

Diante de tal informação, a ADUA requereu à Reitoria através dos Ofícios 032/2015, de 26 de junho de 2015, e 039/2015, de 07 de julho 2015, cópia da lista com as assinaturas dos participantes do auto-intitulado “Movimento Estamos em Aula na UFAM”. Após 25 dias da primeira solicitação, em 20 de julho de 2015, através do Ofício 140/2015/Direx, foi encaminhado à ADUA um conjunto de 30 páginas, com numeração processual de 07 a 36. Ou seja: o documento enviado pela Reitoria não estava integralizado, dele faltando as seis páginas iniciais.

A peça que se apresenta como “abaixo assinado de docentes que não reconhecem a deflagração da greve e pugnam pela não suspensão do calendário” é, efetivamente, a manifestação pública de um golpe à democracia. Docentes que, tocados em suas vaidades, não admitem o fato de que na Assembleia Geral dos Docentes foi aprovada por maioria a Deflagração da Greve na UFAM ou, ainda, por desfaçatez, não conseguiam ver ou admitir que o Executivo tem implementado política de austeridade econômica, promovendo o sucateamento da Educação Pública, preferindo curvarem-se ao imobilismo e ideários imagéticos dos contos de fadas como tudo estivesse funcionando às mil maravilhas nas IFEs, e em particular na UFAM.

Uma rápida análise do “documento” indica que este não se apresenta como uniforme, transparece como uma compilação de peças colhidas em diversas circunstâncias, e posteriormente montadas, bricolagem grosseira, para dar um ar de uniformidade discursiva. Efetivamente, ele contém simbólica ou emblematicamente o que se representa nesse jogo de interpretações , um circo de horrores.

Nas 36 páginas constam 445 assinaturas de “docentes”. Numa leitura mais apurada constata-se que 28% dessas assinaturas estão repetidas ao longo do documento, por vezes em uma mesma página; 7% das assinaturas, por estarem ilegíveis, não podem ser identificadas; enquanto 3% dos nomes indicados não são localizados no Portal da Transparência do Governo Federal.

Ao desdobrarmos o teor do “abaixo assinado”, verifica-se que na verdade este é composto de duas peças. Uma sem data de emissão ou recebimento (páginas 06 a 32) que, segundo os registros, teriam sido entregues à Reitora no dia 16 de junho de 2015, nas quais constam 416 assinaturas, sendo que 3% não foram identificadas no Portal da Transparência; 7% estão ilegíveis e 2% das assinaturas estão duplicadas. Na segunda parte (páginas 33 a 36), protocolizada no Gabinete da Reitoria no dia 26 de junho de 2015, constam assinaturas de 29 docentes, sendo que 93% delas são assinaturas que já aparecem na primeira peça e 7% estão ilegíveis. Somadas as duas peças, tem-se o total de 445 assinaturas, e não 454, como divulgado por aqueles que produziram o “documento”.

A análise das duas peças que compõem o dito “abaixo assinado” evidencia claramente a atitude golpista, fruto do descontentamento de alguns professores que tiveram a vaidade agredida ao serem “derrotados” em sua proposta contrária à greve.  A deflagração da greve pela Assembleia Geral e todos os aportes processuais (Assembleias Setoriais, Assembleias Gerais, Listas de Assinaturas etc.) produzidos pelo movimento docente não podem ser comparados, nem de longe, ao “documento” produzido atabalhoadamente e sem transparência pelo auto-denominado “Movimento Estamos em Aula na UFAM”, tendo em vista que tanto sua gestação como confiabilidade são no mínimo duvidosas.

É incerta a existência de “movimento” quando sua identidade se consubstancia por um “documento” que apresenta dubiedades. Por sua vez, é absoluta e comprovada a existência da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas como única entidade representativa dos docentes da UFAM, tanto em sua forma política, quanto pela transparência e lisura com que conduz os processos democráticos de deliberação da categoria.

Voltando aos números, as 368 assinaturas validadas – descontadas 34 repetidas, 30 ilegíveis e 13 não identificadas – no dito “abaixo assinado” do dito “movimento em aula” estão muito aquém das 454 propaladas por aqueles que se opõem à greve legalmente deflagrada pela categoria docente na UFAM.

Assinaturas não identificadas    13
Assinaturas ilegíveis    30
Assinaturas repetidas    34
Assinaturas validadas    368
Total de Assinaturas no “abaixo-assinado”    445

Afinal, esta é apenas mais uma das muitas mentiras difundidas pelos “fura-greve” em seus ataques ao movimento docente e na sua cruzada insana para transformar a Universidade Pública em lócus de suas investidas privatizantes.
Esquecem os professores do “estamos em aula por tempo indeterminado” que a Universidade, por ser Pública, é do povo, da população, da comunidade, e não pode ser transformada em espaço político e profissional de realização de seus interesses e caprichos pessoais.



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