| Data: 05/06/2015
 Professores e trabalhadores técnico-administrativos de 55 universidades federais e do Instituto Federal do Piauí aderiram à greve, iniciada na última quinta-feira (28), de acordo com dados da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
 
 A paralisação prossegue por tempo indeterminado. Em 19 instituições, a paralisação é feita por professores e trabalhadores técnico-administrativos. No Instituto Federal do Piauí, apenas os professores pararam as atividades. Em 36, apenas os técnicos.
 
 Os profissionais pressionam o governo federal a ampliar os investimentos na educação. Entre as reivindicações dos professores estão melhores condições de trabalho, garantia de financiamento público estável e suficiente às instituições, abertura de concursos públicos e a reestruturação da carreira. A pauta completa pode ser acessada no site do Andes-SN.
 
 A pauta dos técnico-administrativos inclui, entre outros itens, a reposição salarial de 27,3% no piso da tabela, considerando as perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016; o aprimoramento da carreira, com correção das distorções; o piso de três salários mínimos; e o fim da terceirização, que, segundo os funcionários, retira direito dos trabalhadores.
 
 "O governo nos deixou praticamente sem resposta em tudo", diz o coordenador-geral da Fasubra, Rogério Marzola. "Diz que quer negociar, mas na verdade não quer diálogo, quem quer diálogo apresenta contraproposta. E isso não foi feito", reclamou.
 
 "A situação é muito delicada, o piso da nossa categoria é de um salário mínimo e meio. Há ideia de que por sermos funcionários públicos federais somos bem remunerados, mas não somos. Não se tem uma gestão democrática nem uma política para repor perdas salariais", diz.
 
 O movimento ganhou força após o anúncio dos cortes no Orçamento. A área de educação foi uma das mais penalizadas, com o contingenciamento de R$ 9,423 bilhões.
 
 Por meio de nota, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão diz que uma contraproposta está sendo construída e será apresentada este mês, em data a ser agendada. A pasta diz ainda que sua Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público conversa com "o conjunto do funcionalismo federal" e acrescenta que, durante o mês de maio, "todas as entidades representativas foram recebidas e apresentaram suas pautas".
 
 O MEC mantém o posicionamento divulgado também em nota, na última quarta-feira (27). A pasta diz que continua aberta ao diálogo.
 
 Veja a lista das universidades em greve:
 
 Professores e técnicos
 Universidade Federal do Acre
 Universidade Federal do Amapá
 Universidade Federal Rural da Amazônia
 Universidade Federal do Pará
 Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
 Universidade Federal de Rondônia
 Universidade Federal Rural do Semiárido
 Universidade Federal de Alagoas
 Universidade Federal de Sergipe
 Universidade Federal da Paraíba
 Universidade Federal do Oeste da Bahia
 Universidade Federal do Mato Grosso
 Universidade Federal da Grande Dourados
 Universidade Federal de Tocantins
 Universidade Federal Fluminense
 Universidade Federal da Bahia
 Universidade Federal do Oeste do Pará
 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
 Universidade Federal de Campina Grande
 
 Professores
 
 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
 
 Técnicos
 
 Universidade Federal do Amazonas
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte
 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
 Universidade Federal Rural de Pernambuco
 Universidade Federal de Pernambuco
 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
 Universidade Federal do Piauí
 Universidade Federal do Sul da Bahia
 Universidade de Brasília
 Universidade Federal do Espírito Santo
 Universidade Federal de Juiz de Fora
 Universidade Federal de Viçosa
 Universidade Federal de Uberlândia
 Universidade Federal do Triângulo Mineiro
 Universidade Federal de Goiás
 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
 Universidade Federal de Minas Gerais
 Universidade Federal de São João del-Rei
 Universidade Federal de Ouro Preto
 Universidade Federal de Lavras
 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
 Universidade Federal do Rio de Janeiro
 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
 Universidade Federal do ABC
 Universidade Federal de São Carlos
 Universidade Federal de São Paulo
 Universidade Federal da Integração Latino-Americana
 Universidade Tecnológica Federal do Paraná
 Universidade Federal do Paraná
 Universidade Federal de Santa Catarina
 Fundação Universidade Federal do Rio Grande
 Universidade Federal de Pelotas
 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
 Universidade Federal de Santa Maria
 Universidade Federal da Fronteira Sul
 
 Fonte: Agência Brasil
 |