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  14/07/2025


Encerramento do 68º Conad reafirma força do ANDES-SN na organização da luta docente



 

Após debates intensos e deliberações centrais para a luta docente, foi encerrado na noite de domingo (13) o 68º Conselho do ANDES-SN (Conad), realizado em Manaus, no auditório Rio Amazonas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

 

O encontro ocorreu entre os dias 11 e 13 de julho e reuniu 352 participantes, sendo 80 delegadas e delegados, 194 observadoras e observadores — representando 83 seções sindicais de todas as regiões do país —, além de 34 diretores(as) do Sindicato Nacional, convidados(as), equipes de apoio e as assessorias jurídica e de comunicação.

 

A expressiva participação confirma a dimensão representativa do 68º Conad e reafirma o papel central do ANDES-SN na articulação das lutas da categoria docente em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

 

A mesa de encerramento contou com a participação do presidente do ANDES-SN, Cláudio de Souza Mendonça; da secretária-geral, Fernanda Maria Vieira; do 1º tesoureiro, Sérgio Barroso; da presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes; de Maria Raquel Garcia Vega, na relatoria; e de Marcelo Mario Vallina e Letícia Helena Mamed, integrantes da Regional Norte I.

 

Em sua fala, a presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, destacou os desafios e conquistas da organização do evento. “Apesar dos desafios para organizar um evento dessa magnitude, a ADUA, com sua diretoria, equipe de funcionários e funcionárias, monitores e monitoras (formados por estudantes da Ufam e UEA), com o apoio direto da Sind-UEA e da Regional Norte I, esteve à frente, pensando em todos os detalhes para bem receber todas e todos que participaram do encontro. É muito bom chegarmos ao final com mais retornos positivos do que críticas. Esse é o nosso jeito do Norte de receber bem as pessoas". 

 

Em sua avaliação, o presidente do ANDES-SN, Cláudio de Souza Mendonça, destacou que o 68º Conad, sediado pela ADUA, cumpriu um papel estratégico por marcar a posse da nova diretoria e aprovar deliberações que fortalecem a atuação do Sindicato. Segundo ele, as resoluções aprovadas permitem dar continuidade à cobrança pelo cumprimento dos acordos de greve e às mobilizações pelo fim da escala 6x1, além de reafirmar o compromisso com a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

 

Mendonça ressaltou ainda que a luta contra a precarização do trabalho e por mais orçamento deve estar articulada às pautas antirracista, antimachista, antilgbtfóbica e anticapacitista. “O ANDES-SN é um sindicato de todas e todos que defendem a educação pública para os filhos e filhas da classe trabalhadora”, afirmou.

 

Durante a plenária de encerramento, foram apreciadas e aprovadas diversas moções. Também foi lida a Carta de Manaus, documento que sintetiza os debates e encaminhamentos do Conad.

 

Questões organizativas e financeiras

 

Na tarde do domingo (13), último dia do 68º Conselho do ANDES-SN (Conad), foi realizada a plenária do Tema III, que tratou das Questões Organizativas e Financeiras do Sindicato Nacional.

 

Entre os principais encaminhamentos, foi aprovada a cidade de São Luís (MA) como sede do 69º Conad do ANDES-SN, sob organização da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão (APRUMA – Seção Sindical). Também foi votada a composição para a Comissão da Verdade do Sindicato, tendo como titulares: Maria Ceci Misoczky, Joana D’Arc Ferraz e Cláudio Ribeiro. Como suplentes foram aprovados os nomes de Gilberto Calil e Júlio Espanhol. 

 

Foram aprovados os Textos de Resolução (TRs) 49, que trata da Prestação de Contas do Exercício de 2024, e o TR 50, referente à Previsão Orçamentária para 2026. Os e as participantes também aprovaram a prestação de contas do 43º Congresso do ANDES-SN.

 

A plenária deliberou ainda sobre critérios de rateio para Congressos e Conads, com destaque para a inclusão da Região Amazônica nessas discussões.

 

Não foi aprovado o TR 55, que propunha a realização do Conad ordinário exclusivamente em Brasília. Também foi suprimido o texto que sugeria o uso de tecnologias híbridas nas reuniões dos Grupos de Trabalho e encontros temáticos do Sindicato. Por fim, foi aprovada a realização de um seminário sobre questões administrativas e financeiras até o primeiro semestre de 2026.

 

Na abertura da plenária foi realizada a apresentação do grupo Wotchimaücü, formado por pessoas do povo Tikuna, do município de Tabatinga (AM), e em atividade desde 2005.

 

O grupo interpretou as canções Tikuna “Lamentação”, “Wiwirutcha” (Pássaro Azulão) e “Ritual da Moça Nova”, trazendo a força da musicalidade e da cultura indígena para o espaço do Conad.

 

Manifestações

 

Antecedendo a Plenária do Tema III, no dia 13 de julho, o 68º Conad do ANDES-SN foi marcado por manifestações. O silêncio no auditório Rio Amazonas foi rompido pelo som do tambor e pelos passos firmes de docentes negras e negros que realizaram uma manifestação antes do início da plenária. Com cartazes nas mãos e fitas cobrindo as bocas, que em seguida foram retiradas, o grupo bradou: “Basta!”

 

Na sequência, foi lido o Manifesto do Coletivo de Negras e Negros do ANDES-SN no 68º Conad. Um dos trechos da leitura destacou: “Reafirmamos que a luta antirracista é indissociável da luta anticapitalista. Não há enfrentamento real ao colapso socioambiental sem a centralidade do combate ao racismo ambiental, pois é o povo negro quem primeiro sente os efeitos da destruição do planeta. A nossa luta é pela vida, porque vivemos o genocídio cotidiano do povo negro". 

 

Atualmente, mais de 200 docentes negras e negros integram o coletivo nacional. O manifesto foi encerrado com o mote “Povo Negro unido, Povo Negro forte” e um chamado à unidade e à luta coletiva: “Seguimos resistindo com coragem, com solidariedade, com memória e com luta. E seguimos construindo e contando com o ANDES-SN, pois quem tem sindicato não anda só, não é mesmo? Seguimos também desejando poder continuar contando com todos os nossos aliados e aliadas que compreendem que não existe luta de classes sem luta antirracista”. O manifesto completo pode ser acessado aqui.

 

Militância amazônica

 

A diretoria da ADUA e da Regional Norte I também realizou uma intervenção durante a plenária. Foi apresentada a “Sinfonia materialista das sapinhas e dos sapinhos”, com caráter classista, anticapitalista, antirracista e antifascista. A performance destacou: “Como estamos no Amazonas, não é só a lagoa que é dos sapinhos e das sapinhas, mas também os igapós, os igarapés, os furos, o Solimões e o Negro".

 

O segundo vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, declarou: “Nos sentimos todos aqui, da ADUA e da Regional Norte I, muito bem com a presença de vocês, de todas as regionais que compõem o ANDES-SN, que para nós é a universidade nacional da militância. Continuamos na luta, firmes, sem nenhum passo atrás.”

 

Machistas não passarão!

 

Durante o Conad, também foi realizado um ato contra o machismo no interior do Sindicato. A Comissão de Enfrentamento ao Assédio informou que, embora nenhuma denúncia formal tenha sido registrada na secretaria, foram relatadas vivências de situações violentas e assediadoras nos Grupos de Trabalho e nas plenárias.

 

A Comissão reforçou a necessidade de ampliar a consciência coletiva para que episódios como esses não voltem a ocorrer.

 

Fotos: Sue Anne Cursino/ Ascom ADUA



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