A ADUA realizou nos dias 10 e 14 de outubro Assembleia Geral Descentralizada nos campi de Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins. Não houve assembleia em Coari. As AGs contaram com a seguinte pauta: Informes; 1) Paralisação de 48 horas (29 e 30 de outubro) contra a Reforma Administrativa; 2) Construção de agenda local contra a Reforma Administrativa; 3) Indicação de representantes da ADUA para participação na Marcha Nacional do Serviço Público, no dia 29 de outubro, em Brasília (DF); e 4) Indicação de representação para o II Encontro Conjunto das Regionais Norte 1 e 2/Cúpula dos Povos (COP 30), no dia 11 de novembro, em Belém (PA).
Em Manaus, a assembleia ocorreu na tarde do dia 14 de outubro, no auditório Professor Osvaldo Coelho, na sede da Seção Sindical, no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A AG foi iniciada pela presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, com a leitura da nota classista da ADUA pelo Dia da Trabalhadora de Educação e do Trabalhador de Educação (15 de outubro) e, em seguida, os informes. Entre eles, a docente destacou o recebimento de uma série de denúncias de assédio, por parte da comunidade acadêmica, na Ufam. Diante da situação, foi aprovada a inclusão do item de pauta “Assédio na Ufam”.
Na sequência, foram discutidos os terceiro e quarto pontos da pauta. Considerando os(as) docentes mais votados(as) nas assembleias nos cinco campi, foi aprovado que representarão a ADUA na Marcha do Serviço Público, os professores Raimundo Nonato da Silva, eleito com 20 votos na assembleia de Manaus, e Gladson Rosas Haradou, que recebeu 11 votos na AG do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), em Parintins, ambos escolhidos por unanimidade. Para representação no Encontro Conjunto das Regionais, foram definidos os nomes de Maria Eliane de Oliveira Vasconcelos (ICSEZ), Raimundo Nonato da Silva, pela assembleia de Manaus, e Ana Lúcia Gomes, pela Diretoria da ADUA. As decisões também foram de forma unânime.
Em relação aos primeiros dois pontos da pauta, foi aprovada a indicação da ADUA de paralisação de 48 horas, nos dias 29 e 30 de outubro, contra a Reforma Administrativa. O professor Marcelo Vallina apresentou a proposta de apresentação de uma moção de repúdio contra a reforma, no Conselho Universitário (Consuni) da Ufam. Ainda sobre essa questão, o professor Jacob Paiva sugeriu a realização de uma plenária no campus de Manaus, com a convocação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Associação de Pós-Graduandos(as) (ANPG) e entidades sindicais. O objetivo é debater os impactos da reforma no âmbito da universidade.
“Todas essas propostas de mobilizações serão discutidas na tarde desta quarta-feira, dia 15 de outubro, na roda de conversa sobre a Reforma Administrativa, que terá a participação da ADUA e de outras entidades sindicais convidadas. Na reunião cada representante poderá expor o posicionamento sobre a reforma e as ações desenvolvidas. Também vamos debater e articular mobilizações conjuntas locais, com a priorização de realização no dia 29, data da Marcha em Brasília”, explicou o integrante da Comissão de Mobilização contra a Reforma Administrativa, Tomzé Costa.
Impacto da Reforma
Ainda durante a AG em Manaus, o professor Aldair Oliveira, realizou a apresentação de uma análise sobre as propostas legislativas de Reforma Administrativa (PEC, PLP e PL). Foi destacada uma série de ataques aos direitos dos(as) servidores(as). “São apresentados como motivos para reformar a modernização, a eficiência, resultados, redução de privilégios, essas são as palavras de ordem dos projetos, mas na verdade se abre brecha para cargos de comissão, acaba-se com a progressão e promoção, e retroativos e licenças serão suspensos”, afirmou.
Outro ponto destaco pelo professor foi a questão de reajuste salarial dos(as) servidores(as) públicos(as). “Se a Reforma Administrativa for aprovada, qualquer reajuste na tabela remuneratória dependerá de lei específica. Então esquece mesa de negociação, sindicato, não terá mais isso. Será feito um estudo pelo Conselho de Política de Administração e Remuneração, o Copar, que dirá se teremos ou não reajuste”, explicou o professor Aldair. A apresentação com a análise das propostas da Reforma Administrativa pode ser acessada aqui.
Assédio moral
Sobre o item de pauta incluído na AG de Manaus, o professor Jacob Paiva lembrou que a Ufam já possui a Comissão Permanente para Prevenção e Combate ao Assédio Moral (Cecam), voltada para o enfrentamento do assédio moral e sexual na universidade. Ele sugeriu que a ADUA, junto com demais entidades estudantis e dos(as) Técnico-administrativos(as) em Educação (TAEs), realizem uma ação política, utilizando inclusive o material lançado pelo ANDES-SN, o Protocolo de Combate, Prevenção, Enfrentamento e Apuração de Assédio Moral e Sexual, Racismo, LGBTfobia e qualquer Discriminação e Violência (baixar aqui). A respeito dessa questão, a professora Karime Bentes apresentou como proposta a participação, na formulação das ações políticas, do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) local.
Demais assembleias
No ICSEZ, em Parintins, todos(as) foram favoráveis a paralisação de 48h para a mobilização, mas foi exposto a dificuldade de paralisação no dia 29 de outubro devido à realização da eleição da direção do instituto na mesma data. Sendo assim foi definido que as atividades de mobilização serão concentradas no dia 30 de outubro, com a organização de reunião ampliada da comunidade acadêmica, às 9h, e panfletagem nos turnos vespertino e noturno. Também foi discutida a proposta da Comissão de Mobilização Local de reunião com docentes da rede municipal e estadual para atividades conjuntas de mobilização e intervenções nas feiras e UBSs da cidade.
Durante a AG no ICSEZ, foi indicado ainda, por unanimidade, o professor Gladson para participação na Marcha. Para o Encontro Conjunto das Regionais, as(os) presentes votaram também por unanimidade pela participação da professora Maria Eliane de Oliveira Vasconcelos. Onze docentes participaram da assembleia. As informações foram repassadas pela 1ª secretaria da ADUA, professora Valmiene Florindo, que presidiu a assembleia.
No Instituto de Natureza e Cultural (INC), em Benjamin Constant, foram escolhidas, por unanimidade, as professoras Valdineia Ferreira dos Santos, para participar da Marcha, e Celia Verginia Fernandes Maia, do Encontro das Regionais. Seis docentes participaram da assembleia realizada na manhã do dia 10 de outubro, na sala de reuniões do bloco 2, segundo informações repassadas pelo integrante do Conselho de Representantes das Unidades (Crad), Solano Guerreiro, que presidiu a AG.
Em Humaitá, no Instituto de Educação, Agricultura e Meio Ambiente (IEAA), não foram indicados nomes para participação na Marcha e no Encontro das Regionais. O integrante do Crad e presidente da assembleia, Tharcísio Cruz, informou que foi proposta a realização de uma reunião ampliada entre docentes e Técnico-administrativos(as) em Educação (TAEs) no dia 29 de outubro, e de contatos com os(as) docentes e sindicalizados(as) da Universidade Federal de Rondônia (Unir). “O intercâmbio com a Unir foi proposto pela professora Laura Miranda que participou da última reunião do GT de Multicampia Fronteira, em Brasília”. Três docentes participaram da AG.
Em Itacoatiara, no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), os(as) participantes da assembleia, deliberaram, após análise e discussões, que a proposta de paralisação não seria submetida à votação, em razão do reduzido número de participantes. Cinco docentes participaram da AG no campus. Para participação no Encontro das Regionais Norte e 1, foi indicada a participação do professor Valdomiro Lacerda Martins.
Fotos: Sue Anne Cursino e Divulgação dos campi
Fonte: ADUA
|
15/10/2025
