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  21/11/2025


ADUA reforça luta por justiça climática na Cúpula dos Povos



 

A ADUA, juntamente com representantes da diretoria do Sindicato Nacional e de outras seções sindicais, marcou presença na Tenda da Educação e na Marcha Global durante a Cúpula dos Povos, realizada entre 12 e 16 de novembro, em Belém (PA). O encontro, considerado a maior mobilização popular por justiça climática, atuou como contraponto à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

 

Realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Cúpula reuniu cerca de 25 mil pessoas credenciadas e lideranças de mais de 65 países, reafirmando que as respostas à crise climática devem emergir dos territórios e não dos mercados.

 

A participação do ANDES-SN na construção e na programação da Cúpula foi deliberada no 43º Congresso do Sindicato Nacional, ocorrido no início deste ano, em Vitória (ES). A ADUA foi representada pela presidente, professora Ana Lúcia Gomes, pela professora Maria Eliane Vasconcelos (ICSEZ) e pelo 1º vice-presidente, professor Raimundo Nonato da Silva (IFCHS). Também integraram a comitiva os docentes Marcelo Vallina e Tomzé Costa, da Regional Norte 1.

 

Em sua primeira participação na Cúpula dos Povos, Ana Lúcia Gomes destacou a força coletiva presente no diálogo global sobre justiça climática. “O que mais me marcou foi a energia coletiva em defesa do planeta, reforçando a urgência da justiça climática e do respeito às comunidades vulneráveis. A Cúpula dos Povos reforçou a urgência de integrar práticas sustentáveis e priorizar a preservação dos recursos naturais para garantir um futuro saudável às próximas gerações”, declarou.

 

A docente ressaltou ainda a importância da presença do movimento docente nesses espaços para a construção democrática das políticas educacionais e na valorização da categoria.  “A ADUA representa a voz dos docentes, articulando demandas, fortalecendo a luta por melhores condições de trabalho e ensino, além de contribuir para o fortalecimento da soberania e da segurança alimentar e para a inclusão da participação das mulheres na política, em decisões importantes.”

 

O 1º vice-presidente da Regional Norte 1 do ANDES-SN, professor Marcelo Vallina, afirmou que as atividades na Cúpula sintetizaram o poder das múltiplas lutas. “Destacando os recortes de classe, gênero e étnico-raciais, somos a expressão dos que ainda acreditam na sobrevivência da raça humana neste planeta, mas também dos enormes desafios que temos que enfrentar. Enquanto os autodenominados ‘líderes mundiais’ já parecem ter condenado milhões de pessoas a sofrer fenômenos como exílios climáticos e eventos climáticos catastróficos, tentam ‘negociar’ uma suposta transição energética da qual não existe certeza sobre onde nos conduzirá, porque, por um lado, querem criar fundos financeiros bilionários para financiá-la e, por outro, continuam a autorizar a exploração de combustíveis fósseis, como é o caso do nosso país”.

 

Barqueata

 

A abertura da Cúpula foi marcada por uma barqueata com mais de 200 embarcações e cerca de 5 mil pessoas. A manifestação percorreu os rios Guamá e Guajará, com faixas e cartazes que denunciaram contradições da COP30 e afirmaram as pautas dos povos e movimentos.

 

 

A professora Maria Eliane, docente do ICSEZ/Ufam-Parintins afirmou que vida, florestas, águas e territórios não se negociam. “A COP30, ainda que apresente algumas denúncias, por meio de agentes e organizações sociais comprometidas com a vida, ainda que apresente estudos sobre os impactos dos negócios no mundo, tem como objetivo maior a anuência mundial para seguir com projetos que poluem drasticamente a natureza, destroem a biodiversidade do planeta, empurram milhares de pessoas para a fome e a miséria e aprofundam as desigualdades sociais e econômicas”. A docente destaca ainda a importância de a ciência buscar aprofundar suas relações com os movimentos sociais e povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, afetados por barragens e refugiados.

 

 

Tenda da Educação

 

Na Tenda da Educação, construída pelo ANDES-SN em parceria com outras entidades, foram realizados debates, atividades culturais e articulações internacionais, consolidando debates fundamentais sobre educação na Amazônia, marcados por recortes sociais, étnicos e ambientais. Os painéis abordaram temas como: Educação e luta de classes diante da crise climática; Capitalismo, conflitos climáticos e direitos humanos; Geopolítica da Amazônia; Futuro da educação e clima; Educação escolar indígena, quilombola e do campo.

 

 

O professor Raimundo Nonato reforçou que a Cúpula se contrapõe ao projeto capitalista que impulsiona a crise climática: “A Cúpula é a resposta a tentativa dos poderes públicos e privados em querer estatizar, privatizar; ignorar e inviabilizar o sentimento e o significado construído pelos movimentos sociais e étnicos. É consenso, que o modelo capitalista é o principal agente das mudanças climáticas e para superar a crise instalada a via é o ecossocialismo”. O docente reitera que “as Instituições Federais de Ensino superior têm que rever o fim que cabe enquanto produtora de ciência. Ser firme diante da crise ambiental e não se submeter e ser submetida ao capitalismo”.

 

Nas ruas de Belém

 

No dia 15, mais de 70 mil pessoas ocuparam as ruas de Belém na Marcha Mundial pelo Clima, organizada pela Cúpula dos Povos e pela COP das Baixadas. Docentes da ADUA participaram do ato, que percorreu 4,5 km do Mercado de São Brás até a Aldeia Cabana, entoado por músicas amazônicas, palavras de ordem e manifestações culturais.

 

 

Para a presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, a Cúpula apresentou caminhos concretos que buscam fortalecer agendas integradas de direitos socioambientais e sociais, apontando para soluções que respeitam diversidades e especificidades dos povos.

 

“As alternativas propostas incluem a construção de tecnologias populares a partir dos territórios, políticas de transição energética justa, soberania alimentar, reparação histórica, combate ao racismo ambiental, enfrentamento ao extrativismo fóssil, governança participativa e feminismo popular. Tais propostas buscam fortalecer agendas integradas de direitos socioambientais e sociais, apontando para soluções que respeitam diversidades e especificidades dos povos e visam um futuro de ‘bem-viver’ coletivo”.

 

A Cúpula encerrou suas atividades no dia 16, entregando ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, uma carta construída coletivamente pelos movimentos, redes e organizações participantes.

 

 

Fontes: ADUA com informações do ANDES-SN, Agência Brasil e Cúpula dos Povos

 

Fotos: Eline Luz

 
 


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