Docentes, estudantes, técnico-administrativos e técnica-administrativas em Educação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram em Assembleia Comunitária, na última sexta-feira (10), o "Manifesto Em Defesa da Educação Pública 15 de Maio - Greve  Geral da Educação!". 
Convocado pela ADUA-SSind. e Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) e com a participação do Comitê de Estudantes, o encontro discutiu o "Corte na Educação, Ciência e Tecnologia: Proposta de Manifesto em Defesa da Educação Pública" no hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), no campus da Ufam, em Manaus. 
Leia na íntegra o manifesto: 
 
"Manifesto Em Defesa da Educação Pública 15 de Maio - Greve  Geral da Educação!"
 Nós, professores e professoras,  técnico-administrativos e técnica-administrativas e estudantes da UFAM,  reunidos em Assembleia Comunitária no dia 10 de maio de 2019, diante dos  brutais ataques do atual governo federal à educação pública em todos os  níveis de ensino, manifestamos a nossa indignação e o nosso repúdio a essa política nefasta que visa exterminar o futuro do Brasil.
 de 2019, diante dos  brutais ataques do atual governo federal à educação pública em todos os  níveis de ensino, manifestamos a nossa indignação e o nosso repúdio a essa política nefasta que visa exterminar o futuro do Brasil.
  De acordo com dados oficiais do próprio governo, nos três primeiros  meses de Bolsonaro no poder, houve um corte de R$ 7,3 bilhões de  recursos destinados à educação. Os cortes foram generalizados!
 Os principais recursos cortados foram da seguinte ordem:
 • R$ 680 milhões do Ensino Fundamental e Médio;
• R$ 21 milhões para a construção de creches e pré-escolas;
• R$ 144 milhões para compra de livros;
• R$ 23 milhões para aquisição de veículos escolares;
• R$ 99 milhões do Ensino Médio técnico;
• R$ 14 milhões para a educação de jovens e adultos;
• R$ 2 bilhões de custeio para as Instituições das Universidades Federais;
• R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais.
  Em relação à área de Ciência & Tecnologia foram cortadas verbas no  montante de R$ 2,1 bilhões que devem ser somados ao corte de R$  819 milhões para o financiamento da pós-graduação, com reduções nas  bolsas de pesquisa no ensino superior.
 Só a Ufam sofreu um corte de  R$ 38 milhões. Isto aumentará as dificuldades que já estamos  enfrentando nas últimas décadas para reposição de vagas de professores e  técnicos, para pagamento dos serviços terceirizados, pagamento de  bolsas de iniciação científica e extensão, além das condições de  trabalho e de estudo.
 Não bastasse isso, o governo Bolsonaro tem  efetuado um ataque desonesto às universidades federais, desqualificando  os cursos da área da Humanidades, especialmente filosofia e sociologia.  Seu objetivo central é sangrar as universidades para aprofundar a  privatização que já vem ocorrendo com a terceirização de serviços e as  várias formas de subcontratação, e silenciar o pensamento crítico.
  As reações da sociedade civil já se fazem sentir através das  manifestações de entidades científicas e sindicais do Brasil e do mundo.  É necessário unir forças e intensificar a ofensiva a favor da educação  pública e contra essa política absurda que impedirá um futuro decente  para a maioria da população brasileira!
 Nossa resposta aos cortes virá na luta, nas ruas!
Manifesto Em Defesa da Educação Pública
15 de Maio - Greve Geral da Educação!
Representação docente.