| Os  professores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) vão  paralisar suas atividades nos dias 12 e 13 de março. A paralisação foi  decidida pela categoria durante assembleia geral no último dia 1º de  março. Os docentes decidiram, ainda, entrar em estado de greve, como uma  forma de protestar contra as precárias condições de trabalho na  instituição, além de pressionar por democracia na elaboração do Estatuto  da Ufopa.
 Na assembleia, foram escolhidos 18 delegados titulares  e 3 suplentes para representarem a categoria docente no Congresso  Estatuinte da Ufopa, que ocorrerá no mês de abril deste ano.
 
 Nos  dias de paralisação, os docentes voltarão a se reunir para debater a  situação do trabalho docente e uma proposta de minuta do Estatuto da  Ufopa. “A diretoria do Sindufopa e os docentes da Ufopa convidam toda  comunidade acadêmica para participarem das atividades da paralisação,  bem como dessa luta coletiva e contínua pela democratização da nossa  universidade e por melhores condições de trabalho e ensino”, afirma em  nota a diretoria do Sindufopa.
 
 A diretoria do ANDES-SN manifestou  apoio às mobilizações dos professores da Ufopa. Segundo a  vice-presidente da Regional Norte II do Sindicato, Sandra Moreira, o  ANDES-SN está “à disposição da categoria docente para o que se fizer  necessário, tanto nas questões políticas, quanto jurídicas, para que os  professores tenham seus direitos garantidos e seu trabalho respeitado”.
 
 Democracia  – A Universidade Federal do Oeste do Pará foi criada em 2009, a partir  do desmembramento dos campi de Santarém das Universidades Federal do  Pará (UFPA) e Federal Rural da Amazônia (Ufra). Até hoje, a Universidade  é gerida por um reitor pró-tempore e são constantes as denúncias de  assédio moral e falta de democracia na instituição.
 
 O regime  acadêmico da Ufopa também é motivo de polêmica, pois é dividido em ciclo  básico, bacharelados interdisciplinares e ciclo profissional. Ao  ingressar na Ufopa, o aluno tem acesso a uma formação generalista nos  primeiros anos, para posteriormente, após uma prova interna, cursar as  disciplinas específicas de seu referido curso. Caso não seja aprovado na  prova interna, ele recebe apenas um certificado de extensão  universitária.
 
 Outra crítica da comunidade acadêmica da Ufopa é  quanto a falta de estrutura. Os professores chegam a dar aulas em um  hotel que foi alugado na cidade de Santarém, em virtude da ausência de  infra-estrutura na Universidade para atender a demanda de atividades  acadêmicas da instituição.
 
 
 
 Fonte: Adufpa - Seção Sindical |