| O  governo não irá conceder reajuste linear ao funcionalismo federal e  terá dificuldades em atender os outros pontos da pauta unificada dos  servidores públicos federais. Este foi o recado da Casa Civil ao Fórum  das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) na  reunião realizada nesta quarta-feira (28) com o secretário das Relações  do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça.
 O  encontro foi realizado durante a Marcha da Jornada Nacional de Lutas  que reuniu cerca de seis mil servidores na Esplanada. Mendonça disse que  a hipótese de reajuste linear está descartada, e que o governo irá  continuar priorizando as mesas setoriais de negociação.
 
 “Existe  uma manobra cruel do governo em usar o discurso sobre correções das  distorções de algumas carreiras do funcionalismo como desculpa para  negar reajuste linear aos servidores federais. Uma coisa é corrigir as  diferenças históricas, outra é recompor a inflação e conceder reajuste  real à massa salarial do funcionalismo que está defasada há anos”,  observa Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN.
 
 O responsável  pela SRT/MP disse que o governo se dispõe a negociar o pacote de  benefícios, mas com possibilidade de impacto em parte para 2013 e outra  para 2014. Com relação à data estipulada pelos SPF de 31 de março para  uma resposta efetiva do governo, Mendonça disse que é impossível  trabalhar dentro desse prazo e sinalizou a possibilidade de uma  conclusão até o final de julho.
 
 “Pretendemos dar uma reposta até o  dia 31 de julho, não necessariamente para atender um ou outro ponto  específico, mas para ver se teremos espaço para avançar em algo”,  informou.
 
 Já em relação à Seção XXIV do PL 2203/2011, que altera o  Regime Jurídico Único no que diz respeito aos adicionais de  insalubridade e periculosidade, Mendonça afirmou que o governo não irá  solicitar a retirada da mesma do projeto enviado ao Congresso.
 
 “Nós  entendemos que a proposta é muito boa, que ela é correta e que vai no  sentido certo. O governo está muito confiante de que aprova no  Congresso”, disse o representante do Planejamento, em entrevista após a  reunião.
 
 Como forma de pressionar o governo e intensificar a  mobilização dos servidores públicos, o Fórum das Entidades Nacionais  decidiu propor um Dia Nacional de Lutas, com 24 horas de paralisação  geral em 25 de abril, um dia após a próxima reunião entre o Fórum e o  governo (24/4), com a perspectiva de construção da greve geral da  categoria para quebrar a intransigência do governo.
 
 
 
 
 
 Fonte: ANDES-SN |