|  O  secretário do Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC),  Amaro Lins, declarou prioritária a negociação para a reestruturação da  carreira do professor federal. A fala foi feita durante reunião com  diretores do ANDES-SN nesta quarta-feira (28) para tratar do tema. 
 “Todos  concordamos que a remuneração é ruim. Precisamos de uma carreira que  atraia os jovens e que reconheça o que já foi feito pelas universidades  até hoje”, avaliou Lins. O chefe da Sesu disse ainda acreditar que a  negociação deva ser de longo prazo e separada da discussão de reajuste  salarial.
 
 O ANDES-SN fez um resgate do que foi tratado até o  momento e apresentou ao secretário do MEC o plano de carreira defendido  pela entidade. “O conceito de 13 níveis com steps de 5% remete ao  PUCRCE”, observou Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do Sindicato  Nacional, fazendo referência ao Plano Único de Classificação e  Retribuição de Cargos e Empregos, criado em 1987.
 
 Marina  Barbosa, presidente do ANDES-SN, lembrou também que o projeto de  carreira defendido pela entidade preserva a autonomia universitária e a  indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão, buscando a  manutenção do padrão de qualidade.
 
 “A nossa proposta prevê a  unificação das carreiras e cargos do professor federal e valoriza a  dedicação exclusiva como regime de trabalho prioritário. Trabalho igual,  em regime igual, tem que ter salário igual”, concluiu Marina, em  relação ao tratamento diferenciado dado às carreiras do Magistério  Superior e Ebtt.
 
 Lins observou que há concordância em vários  pontos, e disse que o impacto financeiro da reestruturação é um elemento  que precisa ser enfrentado durante a negociação. Segundo ele, um ponto  de impasse será a discussão acerca da paridade e isonomia entre ativos e  aposentados presentes na proposta de transposição apresentada pelo  sindicato. Os diretores do ANDES-SN foram veementes ao afirmar que não  abrem mão deste ponto.
 
 O ANDES-SN reafirmou a necessidade de uma  agenda permanente com a Sesu para tratar outros temas que também são  prioridade para o Sindicato Nacional como autonomia universitária,  pesquisa e financiamento nas instituições, os Colégios de Aplicação e  Cefets, entre outros. Lins solicitou que a entidade encaminhasse  proposta de datas e temas à Sesu.
 
 
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