| Os líderes da UGT, Cándido Méndez, e das CC.OO., Ignacio Fernández  Toxo, asseguraram que a paralisação de 24 horas, em rejeição a uma  reforma trabalhista que facilita e barateia a demissão, se converteu em  um ato de afirmação democrática do povo espanhol.
 Em uma coletiva de imprensa conjunta, Méndez e Fernández Toxo  sublinharam que a paralisação das atividades desta quinta-feira conta  com uma ampla participação dos trabalhadores, e quantificaram em mais do  80% seu acatamento a nível nacional.
 
 Segundo os secretários gerais de ambas as centrais operárias, a adesão é  superior a registrada nas paralisações deste tipo que ocorreram em 2002  e 2010, também contra as mudanças introduzidas no mercado de trabalho  deste país europeu.
 
 Ontem tínhamos toda a razão ao exigir a profunda correção desta norma, e  com a greve de hoje se acrescenta esse respaldo, enfatizou Méndez, após  assinalar que os incidentes foram exceções e que a regra foi a  participação em massa nas primeiras 12 horas.
 
 Esclareceu que para as associações a greve é o meio, enquanto o fim é  conseguir uma retificação do executivo de direita do Partido Popular  (PP) à sua política de cortes sociais e trabalhistas que, denunciou,  aposta pelo empobrecimento da população.
 
 O líder da UGT exortou o presidente do governo espanhol e líder do PP a  abrir a mesa de negociação, no lugar de promover uma guerra de cifras  com os sindicatos com relação à adesão ao protesto pacífico.
 
 Recordou, tmbém, que nesta jornada estão previstas multitudinárias  manifestações em mais de 100 cidades da Espanha, incluída esta capital,  como culminação da massiva paralisação.
 
 Seu homólogo das CC.OO. minimizou os informes difundidos pelo Palácio da  Moncloa (sede do poder central), segundo os quais a paralisação dos  trabalhadores teve uma incidência nula em alguns setores, sobretudo na  administração pública.
 
 Fernández Toxo avaliou que a maturidade dos trabalhadores, quem  cumpriram de maneira escrupulosa os serviços mínimos estabelecidos, se  impôs contra a paranoia do governo com sua inusitada mobilização  policial em cidades como Madri.
 
 Na sua opinião, o governo fracassou em sua pretensão de converter o protesto pacífico em um conflito de ordem público.
 
 Tanto Méndez como seu par das CC.OO. alertaram que o sindicalismo não  cessará seu empenho em conseguir uma profunda emenda da controvertida  legislação trabalhista, ainda que o governo já antecipou que não  modificará nenhum parágrafo da lei.
 
 Ao não retificaram-na, previram, ocorrerá um recrudescimento do conflito  social, sem chegar a descartar a convocação de uma nova paralisação dos  trabalhos.
 
 
 
 Fonte: Prensa Latina
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