| Mesmo  com a aprovação da lei 1749/11, que criou a Empresa Brasileira de  Serviços Hospitalares (Ebserh), cada Conselho Universitário (Consuni) de  instituições federais que tenham em sua estrutura um ou mais hospital  universitário e de ensino (HUE) tem que avaliar se vai aceitar ou não a  empresa. Em todo o Brasil, os defensores da saúde pública têm se  mobilizado para que a os conselhos desaprovem a Ebserh.
 De acordo  com a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, a pressão da  comunidade universitária tem adiado a aceitação da Ebserh pelos Consuni.
 
 Em  Uberlândia, a comunidade universitária realizou um ato na porta da  reitoria no dia 30 de março para pressionar o Conselho Universitário a  retirar da pauta a autorização para a implementação do Ebserh no  hospital universitário da Universidade Federal de Uberlândia. Devido a  essa manifestação, o Conselho aprovou a retirada do ponto de pauta para  que as comunidades acadêmica e externa debatam melhor a questão antes de  tomar a decisão.
 
 Na UFMG, no dia 14 de março, os técnicos e  estudantes também realizaram um ato público em frente da reitoria e  ocuparam a sala onde seria realizada a reunião do Conselho. A reitoria,  então, realizou a reunião em outro local, onde o Consuni aprovou o  contrato com a Ebserh.
 
 Na UFPB, devido à eleição para reitor,  não há movimentação por parte da reitoria e da direção do Hospital  Universitário Lauro Wanderley (HULW) acerca da adesão a Ebserh.
 
 Até  o momento, a Adufrj, em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes  (DCE), tem articulado debates para pressionar o Conselho Universitário  para a não-adesão à Ebserh. No Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, a  Congregação se reuniu e votou uma moção contrária a empresa de  administração dos hospitais. Houve também manifestação contrária da  Congregação da Escola de Enfermagem.
 
 O Consuni da Universidade  Federal de Alagoas está debatendo o novo regimento do hospital  universitário. Na votação sobre o regimento, o Fórum Alagoano em Defesa  do SUS conseguiu articular dentro do Conselho alguns apoiadores da luta  contra a Ebserh, fortalecendo a trincheira contra a privatização do HU,  única estrutura terciária do estado de Alagoas.
 
 Na UFPR, a luta  está sendo articulada pela Apufpr-SSind, pelo sindicato dos  técnicos-administrativos da universidade e pelos centros acadêmicos,  especialmente de enfermagem, medicina, biologia e psicologia e por  coletivos estudantis. Em breve será publicado jornal informativo acerca  do tema e alertando para a importância da defesa do HC-UFPR e da  necessidade de o Conselho Universitário não aprovar a Ebserh.
 
 Também  aumenta, a cada dia, a adesão de mais entidades ao manifesto elaborado  pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde contra a Ebserh. Já  são mais de 122 entidades nacionais e regionais e unidades de ensino que  assinaram o documento. O manifesto (pode ser lido aqui)  denuncia que a Ebserh é uma afronta ao caráter público dos hospitais  universitários e um desrespeito à autonomia universitária, além de  apresentar outros problemas.
 
 
 
 
 Fonte: ANDES-SN |