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  29/11/2021


Pesquisa aponta baixa presença de docentes negros e negras em universidades



A presença de negros(as) nas universidades aumentou nos últimos anos, mas apenas 3% das universidades têm equidade racial entre os(as) docentes. Isso significa que os(as) responsáveis pela formação de pessoas, são, em sua maioria, autodeclarados(as) brancos(as). Os dados são do levantamento realizado pelo jornal O Estado de São Paulo a partir do Censo da Educação Superior de 2019, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).

 

A pesquisa foi realizada com base em uma amostra de 823 das 2.608 instituições que participaram do Censo, e considerou apenas as que tivessem mais de 50 docentes e que, pelo menos, 75% dos professores(as) tivessem feito a autodeclaração de raça/cor.

 

A análise revela que apenas 23,6% docentes pretos ou pardos chegam a assumir a sala de aula no Ensino Superior. O baixo índice de docentes negros e negras nas universidades do país revela inúmeras dificuldades do povo negro dentro das Instituições de Ensino Superior, como o desafio de estudar sem apoio de políticas públicas em um contexto racista e segregador.

 

Das instituições analisadas, apenas 23 refletiam a distribuição racial do estado.  Dentro dos critérios da pesquisa, a Universidade do Estado do Amapá foi a única instituição pública a apresentar equidade de professores(as) negros(as), tendo 90% de representatividade no corpo docente, enquanto a população do Estado tem 81% de pretos(as) e pardos(as).

 

Algumas universidades têm a equipe docente quase toda autodeclarada branca como, por exemplo, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e as privadas do Contestado, Feevale, de Caxias do Sul e Católica de Pelotas, onde contam apenas com média de 6% de professores(as) negros(as). No Sudeste a taxa é 13% e no Centro-Oeste chega a 31%. Pouco mais da metade dos(as) professores(as) no Norte e no Nordeste do país se declarara negra.

 

A pesquisa alerta sobre a incompletude nas informações para a análise, pois apenas um terço dos(as) professores(as) fez a autodeclaração. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por exemplo, está entre as federais em que a maioria dos(as) docentes não declara essa informação.

 

Ainda assim, é possível compreender que a presença de professores(as) negros(as) – pretos(as) e pardos(as) – nas universidades aumentou de 13,2% em 2012 para 16,2% em 2019. Um dos fatores que pode ter influenciado, ainda que de forma tímida, é a Lei 12.990/2014, que determina a reserva de 20% das vagas dos concursos públicos, e que deve expirar em 2024.

 

Ações afirmativas

 

Antes de ministrar aula, o(a) professor(a) é um(a) estudante em que a falta de equidade racial influencia na sua formação e atuação profissional. Para melhorar este cenário, além da Lei 12.990 urge a necessidade da diversidade racial nas bancas de seleção para concursos públicos, com representatividade negra e feminina. No Brasil, a cada quatro estudantes matriculados(as) em programas de mestrado e de doutorado apenas um(a) é negro (a) e a cada 10 cientistas na área de Odontologia ou Medicina, apenas um(a) é negro(a).

 

Outro fator importante é a aplicação de ações afirmativas, visando a entrada e a manutenção de alunos(as) negros(as) no Ensino Superior. Prestes a completar 10 anos, a Lei de Cotas (nº 12.711) determina que 50% das vagas das instituições federais de ensino devem ser preenchidas por autodeclarados(as) pretos(as), pardos(as), indígenas e por pessoas com deficiência. Em 2022, essa lei poderá ser revisada.

 

Foto: Simpro Goiás/divulgação 

 

Fontes: com informações do Estadão, Notícias Yahoo, Jornal Correio do Povo de Alagoas e Política Livre.



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