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  19/01/2022


Pandemia subestimada: Ministério cancelou compra de testes em 2021



 

O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou à conclusão de que houve “lentidão” no processo de compra de insumos urgentes para o combate à covid-19, como medicamentos, testes para detectar a infecção e ventiladores pulmonares. O Ministério da Saúde (MS) chegou a cancelar a compra de 14 milhões de testes de antígeno. Com o aumento da transmissão pela variante Ômicron, a ausência de testagem em massa faz falta em todo o Brasil e dificulta o país de sair do cenário pandêmico.

 

Segundo a investigação, o processo de compra de testes teve muitas falhas e o pregão eletrônico não foi aberto.

 

O MS afirmou que apesar da suspensão da compra, um processo de aquisição de 60 milhões de unidades foi negociado com a Fiocruz e que a meta seria distribuir entre 10 e 26 milhões de testes de antígenos, mensalmente, aos estados. No entanto, apenas 30 milhões de unidades foram distribuídas ao longo de todo o ano, o suficiente para testar apenas 14% da população.

 

A área técnica do TCU também detectou que houve atraso de 11 meses para apresentação do plano de testagem em massa, medida que não chegou a ser implementada, fragilizando o combate à pandemia.

 

“O Brasil, apesar de ocupar a terceira posição no ranking de infecções por covid-19, é apenas o 125º colocado quando se trata de proporção de testes por milhão de habitante”, disse o ministro e relator do processo, Vital do Rêgo, em dezembro do ano passado.

 

O governo também recebe críticas por não ter liberado os autotestes, um tipo de exame que é feito pelo(a) próprio(a) paciente, sem a necessidade de profissional da saúde, a exemplo do que é feito na França e no Reino Unido.

 

O epidemiologista da Fiocruz/Amazônia, Jesem Orellana, tem feito constantes alertas sobre a necessidade de medidas restritivas para frear o contágio em Manaus (AM), visto o cenário de surto da variante Ômicron.

 

“Infelizmente, as pessoas não foram condicionadas a acreditar que vigilância laboratorial serve para evitar o alastramento viral o quanto antes e não apenas para registro tardio de casos. Seria como usar o Corpo de Bombeiros apenas para registrar incêndios e abafar cinzas. Não, devemos evitar o alastramento e poupar prejuízos”, avalia o epidemiologista, em entrevista ao Portal De Amazônia.

 

Em Nota Técnica divulgada na quarta-feira (12), pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), é feito o alerta para a escassez de testes.

 

“Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil, não sendo possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de desabastecimento”.

 

A pandemia da covid-19 foi subestimada pelo governo de Jair Bolsonaro. No Brasil, o total de pessoas infectadas chega a 23.211.894, tendo total de 621,5 mil mortes.

 

No Amazonas, foram registrados 4.975 casos só nesta terça-feira (18), totalizando 457.408 infectados, segundo dados do boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). As internações na capital tiveram um aumento de 750%. E o número de vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia no estado chega a 13.860.

 

 

Foto: Roque de Sá/ Agência Brasil

 

 

Fontes: ADUA com informações do ANDES-SN, Abramed, Brasil de Fato, Repórter Brasil, G1, Amazonas Hoje, Portal De Amazônia e BandNews.

 



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