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Migrantes se organizam por direitos e marcam plenária aberta para 2 de fevereiro



Data: 18/01/2019

Em reunião no último dia 16 representantes de migrantes organizados em associações discutiram a política do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e os impactos da ruptura com o Pacto Global para Migração da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como as demandas por direitos desse segmento da sociedade. Algumas iniciativas foram aprovadas com o intuito de avançar na defesa dos direitos dos migrantes.

Entre elas o lançamento de um manifesto para convocar uma plenária aberta mais ampla, para a qual serão convidadas imigrantes e refugiados, entidades que atuam nesses movimentos, sindicatos e movimentos sociais, parlamentares e partidos, artistas e intelectuais, no próximo dia 2 de fevereiro, às 14h, em São Paulo. Também foi aprovada a formação de uma comissão para buscar audiência pública na Câmara Municipal,  Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e Congresso Nacional, assim como uma audiência com o próprio presidente da República. A ideia é buscar, inclusive, apoio de organismos internacionais.

Promovida pela Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), União Social dos Imigrantes Haitianos (
USIH) e Associação Nacional dos Imigrantes Venezuelanos (ANIV), a atividade contou também com a presença da Associação dos Cidadãos Peruanos de São Paulo, representantes sírios e palestinos, assim como Jubileu Sul, o Centro de Referência de Atendimento de Imigrantes (CRAI) e representação do Balcão de Emprego que busca inserir migrantes no mercado de trabalho.

O representante da CSP-Conlutas, Wilson Ribeiro, membro do setorial internacional da Central, reforçou que a saída do Brasil do Pacto Global aponta em direção a restrições e até tentativas de expulsão dos migrantes do país, estabelecendo como referência os governos dos EUA Donald Trump e o de Israel Bejamin Netanyahu. “Está sendo estabelecida uma relação mais dura diante dos imigrantes”, ressaltou. Wilson defendeu a aprovação de um documento que defenda a volta do Brasil ao pacto. “Essa política no contexto de endurecimento da política aos migrantes, aprofundará o desemprego e a xenofobia no país.  Diante de tal avaliação colocou a Central à disposição da luta dos imigrantes.

Liderança da USIH, o haitiano Fedo Bacourt, resgatou a falta de estrutura do país para receber os imigrantes haitianos, principalmente em 2013 e 2014, quando houve forte onda migratória em seu país. “Enfrentamos muitos problemas e burocracias e não estávamos preparados pra isso”.

Representante da recém fundada ANIV de São Paulo, o venezuelano César Barrios contou um pouco aos presentes as dificuldades que têm enfrentado os cerca de 90 mil imigrantes venezuelanos no país, que entre os que mais os acolhem são as pastorais e não o governo. “O governo brasileiro recebe verbas de países europeus para os imigrantes venezuelanos, mas parte é usada nos CTAs [Centro Temporários de Atendimento] que atendem moradores de rua para onde os venezuelanos também são encaminhados”, lembrou. O imigrante também explicou esforços que tem feito para a conquista de emprego e moradia.

Representante dos refugiados palestinos, Soraya Misleh saudou os imigrantes e reforçou que a luta de refugiados políticos e imigrantes é a mesma.  “Juntos somos mais fortes do que pensamos ser”, frisou.

A plenária foi aberta para que os presentes pudessem sugerir propostas para a organização do movimento dos imigrantes. A próxima tarefa é a realização das propostas aprovadas.

Fonte: CSP-Conlutas



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