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Manifesto da chapa "Andes Autônoma e Democrática"



As eleições do ANDES-SN para o período 2010-2012 confirmam uma trajetória vitoriosa do movimento docente iniciada há décadas. A estruturação dos direitos relacionados ao trabalho docente é um dos principais resultados desse esforço coletivo. Diferentes gerações de professores souberam traduzir para a realidade uma concepção de universidade que busca abrigar a autonomia intelectual e referenciar a produção do conhecimento na sociedade brasileira. Este é um desafio permanente que se constitui como base de nossa existência profissional e se projeta para o futuro como uma condição a ser defendida. Por isso, carreira docente, salário e aposentadoria dependerão sempre de nossa força política e importância social.

O reconhecimento desses direitos é uma tarefa difícil numa circunstância em que as experiências da maioria dos trabalhadores têm sido marcadas pela redução dos empregos formais, pelo empobrecimento e pela fome. A tendência é que nossos diretos sejam vistos cada vez mais como privilégios configurando uma vigorosa pressão para precarizar nosso trabalho. No contexto de uma intensificação sem precedentes das atividades que compõem o trabalho docente, a natureza indissociável das atividades de ensino, pesquisa e extensão tem sido sistematicamente fustigada, perdendo espaço para um tipo de organização do trabalho ditada por acelerado ritmo da produção acadêmica que compromete a qualidade do pensamento intelectual. Nosso trabalho passa a ser subordinado a padrões de produtividade orientados por políticas de governo e conectados com interesses empresariais absolutamente estranhos aos princípios da autonomia universitária e da atividade intelectual. Este sentimento de perda da autonomia em relação ao nosso trabalho tem sido a senha para a descaracterização da universidade pública brasileira. É, portanto, nessa situação histórica que precisamos reafirmar princípios que revertam esse processo de precarização da docência tais como a gestão democrática das instituições, o financiamento público da educação e a dedicação exclusiva como regime prioritário de trabalho. Este é um momento histórico que tem sido decidido nos diversos enfrentamentos protagonizados pelo movimento docente e é esta a razão dos ataques sofridos pelo ANDES-SN.

Esta defesa que fazemos dos nossos direitos deve estar alicerçada no cotidiano das universidades e na sociedade. A valorização de nosso trabalho precisa ser conduzida pelos docentes em todos os espaços universitários. O tempo de pensar e de agir como um sujeito coletivo precisa ser revigorado, e isto significa revitalizar os espaços sindicais como lugar de aglutinação de forças e de decisão. Ao mesmo tempo precisamos nos referenciar constantemente na sociedade de modo a participar ativamente do processo de reorganização da classe trabalhadora em meio às pressões que tentam mitigar os direitos sociais, cooptar, neutralizar e destruir as entidades representativas dos trabalhadores. Entendemos que nossa resistência será sempre mais forte quando articulada e sintonizada com os movimentos sociais e entidades combativas dos trabalhadores. É neste contexto de construção da unidade política dos trabalhadores que se torna crucial nossa participação e contribuição na CONLUTAS, principalmente no que se refere aos temas relacionados à educação.

Acreditamos que o futuro das universidades públicas e de nossos direitos depende de nossa disposição coletiva em continuar a construção de uma resistência ampla e unificada que preserve a natureza pública e gratuita da universidade e as conquistas sociais dos trabalhadores. Por esse motivo o sentido da defesa e valorização do trabalho docente tem que abranger todos os professores. O violento processo de demissão e perseguição vivido pelos docentes das Instituições privadas fragiliza nossa posição e existência tanto quanto as políticas que atualmente estimulam condições diferenciadas de trabalho nas instituições públicas, a exemplo das vagas docentes estabelecidas a partir do REUNI. Por isso nosso sindicato deve organizar e representar todos os professores a partir da defesa de um padrão único de qualidade para a educação superior. É preciso contrariar a lógica de uma universidade exclusivamente instrumental e subordinada ao mercado. É preciso fazer germinar os valores da autonomia na produção do conhecimento, do respeito ao trabalho intelectual, da identidade e dignidade docente e da solidariedade entre os trabalhadores. É preciso reafirmar o ANDES-SN a partir de nossa prática sindical formulada nos amplos e democráticos espaços das assembleias docentes, nos grupos de trabalho, nos CONADs e Congressos de nosso sindicato. É preciso, enfim, construir nosso futuro alicerçado numa prática Autônoma e Democrática.



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