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  00/00/0000 - por Lino João de Oliveira Neves



Resenha do livro



Livro: Soberania e Autodeterminação: a luta na ONU: discursos históricos
Autor: Che et al.
Prólogo: Mauro Luís Iasi
Página: 119
Editora: Expressão Popular (São Paulo)
Lançamento: 2007
Coleção: Assim lutam os povos
Coordenador da coleção: Mauro Luís Iasi


Em “Estado, soberania e autodeterminação” (p. 8-13), Mauro Luis Iasi, professor de Ciência Política da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, faz uma introdução aos discursos de líderes políticos que dão corpo à coletânea: Ernesto Che Guevara (p. 15-50), Salvador Allende (p. 51-80), Yasser Arafat (p. 81-107) e Hugo Chávez (p. 109-119).
Os quatro discursos denunciam a opressão sofrida por povos que perante uma ordem internacional hegemônica “ousam” se pretenderem soberanos e autônomos, e que, por isso mesmo, são oprimidos pelos organismos internacionais (Organização dos Estados Americanos e Organização das Nações Unidas) que ao se distanciarem dos princípios fundamentais que lhes deram origem se deixaram submeter aos interesses das grandes corporações internacionais e das grandes potências, restringindo os limites de suas atuações aos “limites da ordem internacional do capital e da hegemonia inconteste dos EUA” (p. 11).
Sem apresentar de forma sistemática definições conceituais, ao longo de suas páginas o livro permite uma revisão crítica da dimensão política posta em jogo nas relações entre os Estados. Soberania, autodeterminação, autonomia, imperialismo, colonização, dependência, neocolonianismo, racismo, globalização, emancipação, terrorismo, guerrilha, nacionalização x confisco de empresas internacionais, expropriação de recursos naturais e internacionalismo, conceitos políticos fundamentais para o entendimento de eventos históricos e do contexto internacional de nosso tempo são usados para analisar a situação de Cuba (por Che), do Chile (por Allende), da Palestina (por Arafat) e da Venezuela (por Chávez).
Quatro falas que embora ”datadas” por projetos políticos de povos distintos mantêm-se distantes dos paroquialismos nacionalistas e nunca perdem o foco do cenário internacional dos povos que compõem a humanidade.
Se mais não fosse, o livro já valeria pela magistral distinção que oferece Arafat entre “sionismo” e “judaísmo” (“o movimento colonialista sionista” e “a fé judáica”, p. 97), que ajuda a entender a origem e os interesses políticos e econômicos que promoveram e promovem a ocupação da Palestina e o vergonhoso massacre imposto aos árabes palestinos pelo Estado de Israel.
Enfim, um pequeno grande livro. Um grande livro, daqueles que prendem a leitura até o virar da última página.

Lino João de Oliveira Neves, professor do Departamento de Antropologia/ICHL/Ufam



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