Cerca de 300 professores do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Mato Grosso, em greve desde o dia 20 de janeiro, reivindicam salários atrasados referentes aos meses de outubro, novembro, dezembro e o 13º. O ano letivo da instituição particular estava previsto para começar nesta semana, mas o impasse entre docentes e instituição prorrogou o início do semestre para o dia 24 de fevereiro.
Na segunda-feira (3), eles realizaram uma manifestação em frente ao prédio da universidade. Na rede social Facebook, os professores escreveram que “ao invés de pagaram os salários dos professores que estão em atraso desde outubro do ano passado, os gestores da Univag mudaram o início das aulas no calendário acadêmico. Eles fizeram mais uma manobra desrespeitando a classe trabalhadora. Porém, a greve só acaba quando recebermos tudo”, escreveram.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Sintrae-MT), Joacelmo Borges, declarou à imprensa “que a instituição atribuiu o atraso na folha de pagamento ao repasse do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), um programa do Ministério da Educação destinado a financiar prioritariamente estudantes de cursos de graduação”.
Borges informou que “aproximadamente 51% da receita da instituição é formada por esse repasse que não aconteceram em virtude da falta de prestação de contada da Univag com a União”. O sindicalista afirma que, além da dívida com a União, a instituição está tendo dificuldades em adquirir empréstimos bancários para quitar a dívida com os professores.
A juíza Graziele Braga de Lima, da 1ª Vara do Trabalho de Várzea Grande, deferiu uma liminar que determinou o bloqueio das contas da Univag para garantir os direitos trabalhistas dos professores e demais empregados que estão sem receber seus proventos desde outubro de 2013.
* Com informações da Cenário MT e do Sintrae-MT
* Foto: Sintrae-MT
Fonte: ANDES-SN |