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  07/10/2025



Comunidade da Ufam vota no Plebiscito “Por um Brasil Mais Justo e Soberano”



 

 

Divulgação/Icet

Estudantes de Itacoatiara participaram ativamente da votação no campus

 

Daisy Melo

 

Como forma de ampliar a participação, a ADUA incentivou a votação no Plebiscito Popular “Por um Brasil Mais Justo e Soberano” em todos os campi da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Professores(as), estudantes, Técnico-Administrativos(as) em Educação (TAEs) e terceirizados(as) votaram em Coari, Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins, pelo fim da jornada 6X1 e por justiça tributária no país. A votação nacional no plebiscito foi prorrogada até o dia 12 de outubro. 

 

Em Manaus, a ação, realizada em conjunto com a Regional Norte 1 do ANDES-SN, ocorreu na cantina do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), no setor Norte do campus da Ufam, em 27 de agosto, Dia Nacional de Mobilização da Educação pelo Plebiscito Popular. A atividade, que integrou a Semana Nacional de Mobilização da Educação pelo Plebiscito Popular (22 a 29 de agosto), também contou com panfletagem para alertar os(as) servidores(as) dos efeitos nocivos da aprovação da Contrarreforma Administrativa. O texto está atualmente em discussão em um Grupo de Trabalho (GT) da Câmara Federal.

 

Divulgação INC

Votação foi realizada no dia 02 de setembro no INC, em Benjamin Constant

 

Nos demais campi da Ufam, as ações de engajamento da votação ocorreram nos dias 02 de setembro nos Institutos de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant, de Saúde e Biotecnologia (ISB), em Coari, de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, e de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), em Parintins. No dia 03, a coleta dos votos foi realizada no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), em Itacoatiara, e no INC, IEAA e ICSEZ. As votações foram coordenadas, principalmente, pelos(as) docentes integrantes do Conselho de Representantes das Unidades (Crad) da ADUA.

 

A atividade contou com a participação massiva dos(as) estudantes. “Decidi votar no plebiscito porque passo por isso, sou da escala 6x1, do terceiro turno, venho do trabalho para estudar. Ganho abaixo de R$ 5 mil, mas tenho desconto em folha todo o mês. Temos que caminhar para a igualdade e não é tirando do trabalhador que vamos conseguir isso, um valor que para eles é irrisório, faz falta para nós”, afirmou o estudante do 2º período do curso de Pedagogia e técnico em eletrônica, Thiago Ruiz Vieira.  Outra a votar foi a também aluna de Pedagogia, Paloma de Souza. “Nós, como proletariado, precisamos ter tempo para outras funções como estudo e lazer, e essa escala 6x1 é bastante escravagista. Somos todos seres humanos e precisamos ter qualidade de vida, temos direito a isso”, disse.

 

Divulgação/ISB

Comunidade acadêmica do ISB, em Coari, votou presencialmente no plebiscito

 

Mobilização da Educação

 

Encampada pelo ANDES-SN e outras entidades da Educação, a mobilização nacional de incentivo à votação no plebiscito tem como proposta ampliar o debate sobre trabalho, justiça e dignidade, garantindo o diálogo direto sobre essas pautas com a comunidade acadêmica de universidades, institutos federais, Cefets e escolas pelo Brasil. A ação da ADUA atendeu à convocatória do ANDES-SN expressa por meio de circular: “convocamos as seções sindicais a promoverem campanha, atos de ruas, ações políticas de mobilização da categoria e cadastrar urnas do plebiscito popular fomentando a participação de toda a comunidade universitária, das IFs e Cefets”.

 

A integração do ANDES-SN e das suas seções sindicais na organização do Plebiscito Popular foi aprovada durante o 68º Conselho do Sindicato Nacional (Conad), em julho em Manaus. Assinado por quase 15 docentes da ADUA, o Texto de Resolução (TR) “‘Não compramos com dinheiro, mas com tempo de vida’ - pelo fim da escala 6x1, por vida digna para o conjunto da classe trabalhadora!” foi aprovado integralmente. Em seu texto de apoio, o TR defendeu que a efetividade das pautas do fim da jornada 6x1 e da taxação de bilionários para isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil são um avanço sobre o capital, o fascismo e o neoliberalismo.

 

Divulgação/ICSEZ

Foi registrada longa fila na urna instalada no campus do ICSEZ, em Parintins

 

No início do mês de agosto, a ADUA cadastrou uma urna para coleta de votos do plebiscito popular. A votação pode ser feita presencialmente de segunda sexta-feira, das 8h às 17h, na sede da entidade, no Setor Sul do campus da Ufam em Manaus. A participação é aberta não apenas a comunidade acadêmica, mas a todas as pessoas maiores de 16 anos de idade, mediante apresentação de documento com fotografia. A participação é voluntária.

 

Panfletagem

 

O 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, que participou da atividade no IFCHS, destacou o engajamento da Seção Sindical nas atuais lutas que afetam diretamente a classe trabalhadora. “Nós estamos aqui conclamando as pessoas a votarem contra a malfadada escala 6X1 e a favor da taxação dos mais ricos. Ressalto que essa é uma atividade que se junta a uma outra luta que é a da Reforma Administrativa, que está em curso e propõe uma reforma que é péssima para o serviço público e para a população, porque retira direitos e acaba com a ideia de concurso público e ameaça a estabilidade”, explicou.

 

No panfleto sobre a Contrarreforma Administrativa distribuído nas atividades, a ADUA informa os(as) servidoras(es) sobre algumas mudanças em suas carreiras, caso a PEC seja aprovada. Entre os alertas estão os temas das férias, da jornada de trabalho, do Regime Jurídico Único (RJU) e da estabilidade. No documento, a Seção Sindical convoca ainda os(as) professores(as) a saírem do imobilismo e a lutar contra a aprovação dessa medida. Acesse o panfleto na íntegra aqui.

 

Divulgação/IEAA

Terceirzadas(os) e docentes votaram no campus em Humaitá

 

Organizadora da atividade em Manaus em conjunto com a ADUA, a Regional Norte 1 do ANDES-SN explicou os principais objetivos da mobilização. “Viemos hoje ao IFCHS para recolher os votos de estudantes, professores, técnicos e terceirizados para que todos tenham a oportunidade de votar no plebiscito. A ADUA e a Regional Norte 1 tentarão levar a urna a outras áreas do campus para que mais pessoas possam votar, pois essa será a forma de mostrar o desejo da sociedade para o Congresso e para o Executivo”, disse, na ocasião, o 1º vice-presidente da Regional Norte 1 do ANDES-SN, Marcelo Vallina. Os votos de todo país serão sistematizados e entregues ao presidente da República, aos presidentes da Câmara e do Senado e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Documentário

 

Também na manhã do dia 27 de agosto foi lançado o curta-metragem do ANDES-SN “Vida além do trabalho – Por um Brasil Mais Justo”, em Brasília. Parte da campanha nacional de mobilização pelo Plebiscito, o documentário trata sobre a luta por dignidade, tempo para viver e valorização das pessoas ao invés do lucro, e busca fortalecer e ampliar o debate público sobre os efeitos nocivos da jornada de trabalho 6x1 estabelecida em diversos setores no país.

 

O filme conta com as participações da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que discute a batalha política pela redução da jornada de trabalho; do sociólogo e professor Ricardo Antunes (Unicamp), que contextualiza historicamente a luta pelos direitos trabalhistas; e de Luma Vitório (MST/Coordenação do Plebiscito Popular), que convoca a mobilização da sociedade. O curta produzido pelo ANDES-SN em parceria com a Cajuína Filmes e dirigido pelo cineasta André Manfrim pode ser conferido no canal no YouTube da ADUA – Seção Sindical.

 

Plebiscito

 

A votação no plebiscito popular pode ser feita até 12 de outubro presencialmente e pela internet no endereço plebiscitopopular.votabem.com.br. Na consulta, as pessoas podem responder “sim” ou “não” para as perguntas: 1) Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial, e pelo fim da escala 6×1? e 2) Você é a favor que quem ganhe mais de 50 mil pague mais imposto, para que quem recebe até 5 mil não pague imposto de renda?

 

A organização apresenta como principais motivações para a participação: a pressão por uma reforma tributária justa; a defesa da qualidade de vida da população e a construção de um Brasil mais igualitário e democrático. O Plebiscito Popular 2025 é uma iniciativa dos movimentos sociais, centrais sindicais, juventudes, artistas, entidades de fé e partidos progressistas para ouvir a população brasileira sobre temas urgentes e pressionar por mudanças fundamentais.

 

 



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