O 31º. Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) teve início nesse Domingo, 15, no resort Tropical Hotel. Com um público estimado em 350 professores de todo o Brasil, o evento acontecerá até a sexta-feira, 20, e discutirá assuntos pertinentes à atuação da categoria no contexto da luta sindical. Dessa forma, serão debatidos no decorrer do congresso temas que vão desde a política interna do Andes-SN, que norteia todas as seções sindicais do país, passando por questões relativas ao financiamento e plano de lutas.
A Plenária de Abertura do congresso teve início às 10h de domingo contou com a presença de membros de diversas entidades sindicais. Além da Presidente do Andes-SN, professora Marina Barbosa, estiveram presentes o Secretário Geral do Andes-SN, professor Márcio Antonio Oliveira, o 1º. Secretário da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), professor José Alcimar de Oliveira, o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), José Ademir de Oliveira, assim como Júlio César Ferraz, representante do Movimento dos Sem Teto, Juliana Melim, do Conselho Federal de Serviço Social, Edison Guilherme Haubert, do Movimento Nacional de Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap), Rogério Monteiro, da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas (Assua), José de Araújo, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Clara Saraiva, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre! (Anel), José Maria de Almeida, da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), e Francisco Jacob Paiva, 2º. Vice-presidente da Regional Norte I.
Durante a plenária, o professor José Alcimar afirmou que o congresso anual do Andes-SN é um espaço de maior relevância política e reflexiva do país, enfatizando o contexto de luta geral da Região Norte e a necessidade de abranger durante as discussões a serem travadas no evento os diferentes pontos de vista e ideologias em prol de um bem maior para toda a sociedade.
O reitor da UEA, professor José Ademir, frisou que o Andes-SN presta um relevante serviço para a educação brasileira, destacando ainda que a atuação do sindicato deve ser vista com atenção não apenas pelos docentes, mas também pelos gestores das universidades. Outra que evidenciou a atuação do Andes-SN foi Juliana Melim, representante do Conselho Federal de Serviço Social. “Essa é uma das categorias mais combativas do país”, afirmou. “O apoio do Andes-SN em lutas como a que travamos na campanha ‘Educação não é Fast Food’ foi fundamental para defendermos a visão de universidade que defendemos”, completou Melim.
Movimentos em sintonia
A plenária de abertura do congresso foi marcada pela contextualização do posicionamento do sindicato docente frente ao atual cenário de mudanças sociais em todo o mundo. Esse ponto foi destacado por Edison Haubert, do Mosap. Segundo Haubert, a união do Mosap com o Andes-SN e outras entidades reforça a busca pelos objetivos em comum em nível nacional. “O Mosap participa dos diversos movimentos porque devemos estar irmanados em nossas causas em prol da educação de qualidade”, afirmou, frisando ainda a confiança do Mosap na integridade do Andes-SN. “Tenho certeza de que os presentes têm condições de direcionar a luta para decidir os rumos da educação no Brasil”, concluiu.
Clara Saraiva, da Anel, citou durante a plenária acontecimentos diversos como a Primavera Árabe, o movimento dos Indignados na Espanha e o movimento estudantil no Chile para expor o contexto mundial de luta no qual se inserem as temáticas a serem discutidas durante o congresso do Andes-SN. Dentre elas, Clara frisou a luta pelo investimento imediato de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública, defendida tanto pela Anel como pelo Andes-SN. “Sabemos hoje que temos aliados estratégicos na luta pelos 10% do PIB: os trabalhadores, e, em especial, os professores, que é a categoria mais próxima dos estudantes”, afirmou.
Outra característica do atual contexto de luta docente foi abordada por José Maria de Almeida, representante do CSP-Conlutas: a crise do capitalismo unindo diferentes manifestações por mudanças sociais. “O Congresso do Andes-SN ocorre num momento muito delicado, no qual acontece a unificação de lutas diversas para avançar na defesa dos direitos confrontados pela política do grande capital”, explicou José Maria.
Finalizando a Plenária de Abertura, o professor Jacob Paiva destacou a importância de as discussões do Congresso do Andes-SN acontecerem justamente na região amazônica. “As particularidades da Amazônia dão uma chance de compreendermos toda a complexidade do contexto de luta nas diferentes regiões do Brasil”, afirmou o professor.
Reconhecimento do sindicato
A presidenta do Andes-SN, Marina Barbosa, agradeceu o reconhecimento da atuação do sindicato nacional pelas demais entidades, explicando que o trabalho conjunto é vital para a conquista dos diversos movimentos. A professora explicou ainda que o Congresso do Andes-SN não se somente a assuntos diretamente ligados à atuação dos professores. “As decisões tomadas aqui têm conseqüências em vários movimentos sociais no Brasil”, comentou, “por isso, todas elas serão fruto de debates coletivos”. Nesse sentido, a continuidade pelo movimento dos 10% do PIB para a Educação, o fortalecimento dos docentes no processo de negociação junto ao governo pelo Plano de Carreira docente e a aprovação de um Plano Nacional de Educação (PNE) condizente com os princípios sindicais foram os principais assuntos destacados como essenciais durante o congresso. Em nível interno do funcionamento do sindicato, a professora enfatizou a apresentação das chapas que concorrerão à próxima direção do Andes-SN.
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Fonte: Adua |