Data: 17/06/2019
Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas da capital amazonense, na tarde de sexta-feira (14), para protestar contra a reforma da previdência e os ataques a educação e em defesa do direito de aposentadoria. Convocado nacionalmente pelas centrais sindicais, o ato unificado em Manaus ocorreu na Praça 5 de Setembro (Praça da Saudade). A Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), da qual a ADUA-SSind. faz parte, apoiou e participou da manifestação.
Em todo o território nacional, cerca de 300 cidades registraram protestos. De acordo com boletim divulgado pelas centrais, das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de transporte paralisado. Nas oito capitais foram registrados bloqueios em estradas e paralisações parciais. “A greve geral teve essa característica: paralisar as atividades e isso foi feito Brasil afora. O ANDES-SN avalia como um dia bastante positivo, já que é o primeiro dia de greve geral desde 28 de abril de 2017”, comentou o o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves.
“Em defesa dos nossos direitos, por conta de um governo que nos ataca a todo momento. Houve greve em todo o país, e aqui também não iremos nos calar, esta greve não é só por nós que estamos no mercado de trabalho, mas também pelo jovem, que vai ter de trabalhar por 40 anos, isso é um absurdo”, comentou o professor de Ciências Sociais na Ufam, Antônio Pereira.
Estudantes das redes municipal, estadual e federal aderiram à greve. “No dia 30 de maio estivemos aqui em defesa a educação e hoje também estamos presentes, a greve geral é a nossa resposta contra este governo, e contra esta reforma da morte, pois a maioria dos jovens entra no mercado de trabalho graças ao ensino, e sem investir em educação, não iremos para frente”, afirmou o aluno do curso de história na Ufam, Cristofer Roger.
Após concentração na Praça da Polícia, os manifestantes caminharam pelas ruas Epaminondas e 25 de Julho, encerrando na Praça do Congresso. No local, houve um show com artistas locais que apoiaram a Greve Geral de 14 de Junho.
Mais protestos
Em Manaus, a comunidade acadêmica fechou a entrada do campus universitário durante a manhã. Com carro de som no Bosque da Resistência, os manifestantes convocaram a sociedade para participar do protesto. No interior do Estado, nos cinco campi da Ufam ocorreram oficina de cartazes em Benjamin Constant; oficina e debates em Humaitá; elaboração de banners, faixas e cartazes em Itacoatiara e aulas públicas na praça em Parintins. Em todos os campis a programação ocorreu da seguinte forma.
Às 14h caminhada saindo do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA) até a orla de Humaitá; e nos demais às 16h concentração no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) e caminhada até a Praça do Mirante, em Itacoatiara; passeata saindo do Instituto de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant; e concentração na Praça dos Bois, em Parintins.
Fonte: ADUA-SSind
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