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  22/09/2023



Comitê de Lutas da Ufam reivindica política de segurança permanente



Matéria atualizada às 11h08 no dia 03 de outubro de 2023

 

Daisy Melo

 

Diante do anúncio de que a reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) havia se reunido com o Comando do Policiamento Metropolitano “para definir tratativas de segurança para o campus”, ADUA, Sintesam e DCE solicitaram uma audiência com a Administração Superior, o que ocorreu em 21 de setembro. No encontro, as entidades, que compõem o Comitê de Lutas da Ufam, reivindicaram uma política de segurança permanente para a universidade. 

 

As e os integrantes do Comitê questionaram a reitoria sobre as medidas acordadas unilateralmente com a Polícia Militar (PM). “Ficamos surpresos com o que saiu na mídia: o reitor circundado pela Polícia Militar dizendo que um conjunto de medidas estava sendo tratado ali sem uma discussão anterior conosco, nos preocupou porque esse conjunto de medidas deveria ser articulado com a comunidade”, disse o 1º tesoureiro da ADUA, Tomzé Costa.

 

A Administração Superior divulgou em sua página oficial, no dia 15 de setembro, que o reitor Sylvio Puga havia recebido, naquele mesmo dia, a comandante de Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Otacicleide Pereira, e oficiais das Companhias Interativas Comunitárias. Na matéria consta ainda que a pauta da reunião foi “o planejamento para execução de estratégias que garantam a segurança da comunidade universitária da Ufam”.

 

 

Para a presidente do Diretório Central do Estudantes (DCE), Rita Vieira, falta diálogo. “É algo que afeta todos os segmentos, uma construção coletiva é muito mais eficaz”. Vieira lembrou que as(os) estudantes já chegaram a realizar atos para cobrar segurança. “Não vejo a polícia como política de segurança eficaz. Entendo que agora é em caráter de urgência, mas e a partir daí? Como isso vai se desenvolver, qual o projeto que temos de política de segurança a longo prazo, de política de segurança permanente?”. 

 

O esclarecimento sobre as medidas discutidas e traçadas na reunião entre polícia e reitoria também foi cobrado pela diretora do Sintesam, Crizolda Araújo, pelo 1º vice-presidente da ADUA, Aldair Andrade, e pela 1ª secretária, Ana Cláudia Nogueira. A diretora da Seção Sindical levantou ainda a questão sobre o estigma das universidades públicas e a preocupação com abordagem da polícia. “Se há quem pense que dentro da universidade só tem usuários de drogas, qual será a mentalidade de um policial militar ao fazer uma ronda aqui? É preocupante”.

 

 

Após os questionamentos, o reitor afirmou que a reunião com a PM serviu para dar uma resposta imediata a três casos de furtos de pneus e aros de veículos ocorridos recentemente dentro do campus de Manaus. “Apenas iniciamos o diálogo e foi acordado que seria feita a intensificação da ronda das nossas fronteiras, no entorno, não por dentro, inclusive considerando a questão das trilhas, isso foi algo que compactuamos com eles”, afirmou.

 

Proposta: criação de GT 

 

Após o debate, foi encaminhada a criação de um Grupo de Trabalho (GT), com representações da comunidade acadêmica e Administração, para sistematizar uma política de segurança estratégica para os seis campi da Ufam, considerando suas especificidades. A ideia é que o grupo trabalhe na elaboração da proposta, por um prazo ainda a ser determinado, e apresente uma minuta ao Conselho Universitário (Consuni) da Ufam.

 

As e os participantes apresentaram como propostas de atribuições do GT: consulta a especialistas em segurança; organização de audiências públicas; levantamento de políticas de segurança de outras universidades etc. O objetivo é reunir subsídios para a elaboração de uma proposta que contemple ações como instalação de câmeras, melhoria da iluminação e capacitação das(os) agentes de segurança, entre outras.

 



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