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  25/03/2024



Docentes das federais apontam indicativo de greve a partir de 15 de abril



 

O Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) aprovou o indicativo de greve das e dos docentes das universidades federais, institutos federais e Cefets da base do Sindicato Nacional para 15 de abril. A deliberação ocorreu em reunião realizada na sexta-feira (22 de março), na sede do ANDES-SN, em Brasília (DF). A reunião contou com a participação de 37 seções sindicais, inclusive da ADUA que foi representada pelo presidente, Jacob Paiva. 

 

A decisão das professoras e dos professores teve como base o resultado das assembleias realizadas nas seções sindicais de todo o país, inclusive da ADUA. A maioria referendou a decisão do 42º Congresso do Sindicato Nacional, realizado de 26 de fevereiro a 1º de março, em Fortaleza (CE). As e os docentes entendem que é momento de intensificar a mobilização, fortalecendo a unidade com servidoras e servidores da educação para assegurar direitos e combater os ataques à educação pública.

 

 

No nosso caso, votamos de acordo com o que foi decidido em assembleia, ou seja, contra. O resultado desse indicativo de greve para 15 de abril expressa uma perspectiva da maioria das seções sindicais. Mas é evidente que nós temos a responsabilidade política de chamar novamente as professoras e os professores”, comentou o presidente da ADUA.

 

O dirigente afirmou ainda que será dada continuidade as mobilizações. “Foi criado um Comando na própria assembleia, vamos chamar o Comando e os integrantes do Crad [Conselho de Representantes das Unidades] para discutirmos essa necessidade de trazer nossos pares, de pensarmos as melhores estratégias de chegar junto da categoria para termos uma participação expressiva seja de quem for contra ou a favor, e chamar as professoras e os professores para conversar sobre esse processo”, explicou.

 

O calendário definido na reunião do Setor aponta a realização de uma nova rodada de assembleias nas seções sindicais de 26 de março a 09 de abril, com a orientação da seguinte pauta: deflagração da greve no dia 15 de abril; criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais. Também está inclusa na agenda a realização de outra reunião do Setor das Ifes no dia 10 de abril, com tempo de 72 horas para informar governo e reitorias sobre a deflagração do indicativo de greve no dia 15 de abril.

 

As greves das demais categorias do setor da Educação, organizadas na Fasubra e no Sinasefe, e a falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo sobre as pautas centrais da categoria, além da precarização das condições de trabalho levaram à deliberação, informou a coordenadora do Setor das Ifes, Helga Martins. “Todo esse caldo, toda essa pauta que nós estamos construindo, e que faz parte dos embates diretos que resvalam nas nossas pautas de locais, veio à tona nas assembleias e a base disse: ‘é greve! É greve do setor da Educação. É greve para lutarmos pelas nossas pautas centrais nacionalmente, e nos nossos locais de trabalho’. Por isso, é fundamental que esse mês de abril seja um mês de muita luta, de muita mobilização”, ressaltou Helga.

 

O indicativo é deflagrado para estabelecer uma data para se dar início a greve. Essa decisão não é definitiva e pode ser alterada conforme a conjuntura.

 

Outros encaminhamentos

 

- Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, com foco em ações nos estados, em articulação com as(os) demais servidoras(es);

 

- Construir a jornada de lutas do Fonasefe de 16 a 18 de abril, com atividades em Brasília;

 

 16/04: Audiência pública na Câmara Federal

 

 17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras

 

 18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação

 

- Intensificar a produção de material do ANDES-SN e unificado com as entidades da Educação sobre a greve e as pautas;

 

- Incorporar na agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da Fasubra e Sinasefe;

 

- Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes; e que sejam criados comitês nos locais onde não existem.

 

Fonte: com informações do ANDES-SN

 

Fotos: ANDES-SN



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