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  10/01/2020



Mortes indígenas infantis são agravadas à espera do governo



 

 

Em 2019, pelo menos seis crianças indígenas da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, morreram devido às péssimas condições a que eram submetidas. De acordo com a coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), as mortes ocorreram possivelmente pelo contato com água contaminada e local insalubre enquanto esperam benefícios do governo. É o que informa reportagem de Bianca Pedrina, da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

 


As crianças tinham em média um ano de idade e se abrigavam dentro de canoas, em condições precárias, na cidade de Atalaia do Norte, a cerca de 1.100 quilômetros de Manaus. As famílias indígenas permaneciam no local à espera de receber os benefícios da Previdência Social e o 13º salário do programa Bolsa Família. Tais mortes podem acabar se repetindo devido à lentidão que o governo lida com a situação.

 


De acordo com levantamento feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), surtos de diarreia e vômito também são constantes entre essas comunidades indígenas. Em 2012, pelo menos quatro crianças morreram em decorrência do consumo de água contaminada pelos dejetos despejados pelos barcos. De 2015 a 2018, mais de 3 mil crianças indígenas morreram.

 


Ainda de acordo com o CIMI, em 2018, 44 casos de desassistência à saúde foram registrados, atingindo cerca de 18 mil indígenas. Os números são agravados pela falta de políticas do governo para a população indígena. O Conselho informou que problemas no sistema circulatório e respiratório aparecem como algumas das principais causas de morte de crianças indígenas. Somente em 2019, foram 591. Já em 2018, mais de 200 crianças com idades entre 0 e cinco anos morreram no Amazonas, representando 37% da mortalidade infantil de todo o país. 

 


Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind



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