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20 países participam do Congresso da Conlutas



Representantes dos movimentos sindicais e populares combativos do Brasil e de outros 19 países participaram da abertura do 2º Congresso Nacional da Conlutas, nesta quinta-feira (3/6), em Santos (SP). Os cerca de dois mil delegados, observadores e convidados acompanharam à cerimônia de abertura.

Lá, ficou evidente a necessidade dos trabalhadores brasileiros avançarem no processo de unificação da classe. A alternativa é a fundação de uma nova central ainda mais ampla e forte do que a Conlutas, mas com a mesma perspectiva combativa, independente e internacionalista.

Participam do Congresso representando a Adua, os docentes Antônio Pereira (Neto), Arnóbio Bezerra e Jacob Paiva.

Os participantes ressaltaram, nas suas falas, a vanguarda da Conlutas no processo de reunificação dos trabalhadores brasileiros, após a divisão provocada pela vitória do presidente Lula. Todos foram unânimes em avaliar como bastante positiva a experiência acumulada nesses seis anos de trajetória da primeira e única central sindical e popular do país.

Representando a Coordenação Nacional da Conlutas, Atinágoras Lopes ressaltou que o evento é a expressão do esforço e da luta de todos aqueles que resistiram e se mobilizaram contra os ataques dos patrões e do governo na construção da central.

“Este congresso é a continuidade dessa história. Um passo à frente nessa caminhada que vai desembocar em um projeto para unificar todos aqueles que lutam nesse país contra as mazelas do capital”, disse.

Representando a Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, destacou o importante momento da luta de classes em todo o mundo e o desafio dos congressos da Conlutas e de Unificação diante deste cenário.

“Enquanto as centrais governistas fizeram um evento para apoiar o governo Lula e o atual modelo econômico que explora e oprime a classe trabalhadora, nós estamos aqui para avançar e fundar um novo instrumento de luta nesse país”, disse Índio, complementando que a nova central será um instrumento que servirá como resposta à divisão e à cooptação de grande parte da esquerda brasileira.

Apoios internacionais

Representando os trabalhadores do Haiti, vítimas da tragédia natural do terremoto e da repressão das tropas da Minustah comandada pelo Brasil, Dominique Didier elogiou a iniciativa dos brasileiros de avançar na reunificação dos trabalhadores. “Todos os trabalhadores do mundo estão aqui apoiando essa bela iniciativa de se construir uma central combativa e independente”.

Em nome dos trabalhadores da Espanha, a líder sindical Nines Maestro, afirmou que em países da Europa, como também no Brasil, líderes políticos do campo da esquerda desiludiram os trabalhadores ao se aliarem com o capital. “Neste momento fica muito claro que só há dois caminhos possíveis: o da miséria dos capitalistas e o da luta e da unidade dos trabalhadores. Não existe terceira via. Povos do mundo, levantemo-nos em uma única luta!”.

Representando os trabalhadores japoneses, Teruoka Seichi, reforçou a perspectiva internacionalista como caminho para a nova central “Somente a luta e a unidade dos trabalhadores têm o poder de mudar a sociedade e fazer uma nova história. Separados ou não pelo mar, somente unidos poderemos alcançar a vitória”.



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