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Governo do RJ mata cinco jovens negros em 80 horas



Data: 16/08/2019

A onda de violência no Rio de Janeiro aumento no mandato do governador Wilson Witzel (PSC). Nas últimas 80 horas, cinco jovens negros foram assassinados em operações policiais. Witzel, que é aliado da base governista de Bolsonaro, deixa claro que age com liberdade para matar. Em coletiva de imprensa, no último dia 13, afirmou que as ações policiais no Estado não irão parar. De janeiro a março deste ano, 434 pessoas morreram nessas operações.

Nenhum dos cinco jovens negros assassinados pela polícia do Rio de Janeiro nos últimos dias tinha ligação com o crime. As vítimas foram Margareth Teixeira, 16 anos. Dyogo Costa, 16 anos. Gabriel Pereira, 18 anos. Lucas Monteiro, 21 anos. Tiago Freitas, 21 anos. Henrico de Jesus, 19 anos. Com sonho de ser jogado de futebol, Dyogo foi morto com um tiro de fuzil nas costas, o que evidencia a truculência e brutalidade do atual governo. Em recente declaração, Witzel afirmou que enviaria um míssil para as comunidades: “Não sai de fuzil na rua, troca por uma bíblia. Se você sair, nós vamos te matar”.

Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), as 434 mortes registradas no primeiro trimestre de 2019 equivalem a cerca de 4,82 mortos por dia. Este número recorde supera uma marca de 21 anos, iniciada em 1998, onde a quantidade de pessoas mortas nas favelas era inferior a quatro por dia.

“Trata-se de mais um governante com o ranço elitista, racista, burguês, responsável por impor a lei do terror sobre as massas pobres das comunidades de favelas e morros do Rio de Janeiro, espaços estes habitados majoritariamente por populações, de gente negra e de pobres brancos”, comentou o integrante do movimento negro Agbara Dudu e presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro (Simerj), Elias Alfredo.

Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind.






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